Objective: To evaluate the expulsion and continuation rates of the copper intrauterine device (IUD) inserted in the immediate postpartum period in a Brazilian public university hospital.
Materials and methods: In the present cohort study, we included women who received immediate postpartum IUD at vaginal delivery or cesarean s March 2018 to December 2019. Clinical data and the findings of transvaginal ultrasound (US) scans performed 6-weeks postpartum were collected. The expulsion and continuation rates were assessed 6-months postpartum using data from the electronic medical records or by telephone contact. The primary outcome was the proportion of IUDs expelled at 6 months. For the statistical analysis, we used the Student t-test, the Poisson distribution, and the Chi-squared test.
Results: There were 3,728 births in the period, and 352 IUD insertions were performed, totaling a rate of 9.4%. At 6 weeks postpartum, the IUD was properly positioned in 65.1% of the cases, in 10.8% there was partial expulsion, and in 8.5% it had been completely expelled. At 6 months postpartum, information was obtained from 234 women, 74.4% of whom used IUD, with an overall expulsion rate of 25.6%. The expulsion rate was higher after vaginal delivery when compared with cesarean section (68.4% versus 31.6% respectively; p = 0.031). There were no differences in terms of age, parity, gestational age, final body mass index, and newborn weight.
Conclusion: Despite the low insertion rate of copper IUDs in the postpartum period and a higher expulsion rate, the rate of long-term continuation of intrauterine contraception was high, indicating that it is a useful intervention to prevent unwanted pregnancies and to reduce short-interval birth.
Objetivo: Avaliar as taxas de expulsão e continuação do dispositivo intrauterino (DIU) de cobre inserido no pós-parto imediato em um hospital universitário brasileiro. MATERIAIS E MéTODOS: Neste estudo de corte transversal, foram incluídas parturientes submetidas à inserção de DIU de cobre no pós-parto imediato entre março de 2018 e dezembro de 2019. Foram coletados dados clínicos e da ultrassonografia (US) transvaginal realizada após seis semanas. As taxas de expulsão e de continuação foram avaliadas após seis meses por meio de dados do prontuário ou por contato telefônico. O resultado principal foi a proporção de DIUs expelidos em seis meses. Para análise estatística, utilizaram-se o teste t de Student, a distribuição de Poisson, e o teste do Qui quadrado.
Resultados: Houve 3,728 nascimentos no período, e foram inseridos 352 DIUs, em uma taxa de 9,4%. Com 6 semanas, o DIU estava bem posicionado em 65,1% dos casos, em 10,8%, houve expulsão parcial, e, em 8,5%, fora totalmente expelido. Aos 6 meses de pós-parto, foram obtidas informações de 234 mulheres, 74,4% das quais usavam DIU, com uma taxa de expulsão geral de 25,6%. A taxa de expulsão foi maior após o parto vaginal do que após cesariana (68,4% versus 31,6%, respectivamente; p = 0,031). Não houve diferenças quanto à idade, paridade, idade gestacional, índice de massa corpórea final, e peso do recém-nascido. CONCLUSãO: Apesar da baixa taxa de inserção e alta taxa de expulsão, a taxa de continuação em longo prazo da contracepção intrauterina com DIU de cobre foi elevada, o que indica que se trata de intervenção útil para prevenir gestações indesejadas em curto intervalo de tempo.
Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. This is an open access article published by Thieme under the terms of the Creative Commons Attribution License, permitting unrestricted use, distribution, and reproduction so long as the original work is properly cited. (https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/).