Background: Intestinal ultrasound is emerging as a non-invasive tool for monitoring disease activity in inflammatory bowel disease patients due to its low cost, excellent safety profile, and availability. Herein, we comprehensively review the role of intestinal ultrasound in the management of these patients.
Summary: Intestinal ultrasound has a good accuracy in the diagnosis of Crohn's disease, as well as in the assessment of disease activity, extent, and evaluating disease-related complications, namely strictures, fistulae, and abscesses. Even though not fully validated, several scores have been developed to assess disease activity using ultrasound. Importantly, intestinal ultrasound can also be used to assess response to treatment. Changes in ultrasonographic parameters are observed as early as 4 weeks after treatment initiation and persist during short- and long-term follow-up. Additionally, Crohn's disease patients with no ultrasound improvement seem to be at a higher risk of therapy intensification, need for steroids, hospitalisation, or even surgery. Similarly to Crohn's disease, intestinal ultrasound has a good performance in the diagnosis, activity, and disease extent assessment in ulcerative colitis patients. In fact, in patients with severe acute colitis, higher bowel wall thickness at admission is associated with the need for salvage therapy and the absence of a significant decrease in this parameter may predict the need for colectomy. Short-term data also evidence the role of intestinal ultrasound in evaluating therapy response, with ultrasound changes observed after 2 weeks of treatment and significant improvement after 12 weeks of follow-up in ulcerative colitis.
Key messages: Intestinal ultrasound is a valuable tool to assess disease activity and complications, and to monitor response to therapy. Even though longer prospective data are warranted, intestinal ultrasound may lead to a change in the paradigm of inflammatory bowel disease management as it can be used in a point-of-care setting, enabling earlier intervention if needed.
Contexto: A ecografia intestinal na doença inflamatória intestinal tem ganho importância crescente como exame não invasivo para monitorizar a atividade de doença, pelos seus custos reduzidos, excelente perfil de segurança e disponibilidade. Neste artigo realizamos uma revisão sobre o papel da ecografia intestinal no manejo destes doentes.
Sumário: Na doença de Crohn, a ecografia intestinal tem uma boa acuidade no diagnóstico, avaliação da atividade e extensão da doença, assim como na avaliação de complicações, como estenoses, fístulas e abcessos. Apesar de não estarem validados, vários scores têm sido desenvolvidos para avaliar a atividade de doença. É de realçar a importância da ecografia intestinal na avaliação da resposta à terapêutica.A melhoria dos parâmetros ecográficos é observada tão precocemente como quatro semanas e persiste durante o seguimento a curto e longo prazo. Os doentes sem melhoria ecográfica parecem ter uma maior necessidade de intensificação terapêutica, corticóides, internamento ou cirurgia. À semelhança da doença de Crohn, a ecografia intestinal tem uma boa acuidade na avaliação ao diagnóstico, atividade e extensão da doença na colite ulcerosa. Na colite ulcerosa grave, um maior espessamento da parede intestinal à admissão está associado a maior necessidade de terapêutica de resgate e a ausência de melhoria deste parâmetro pode predizer a necessidade de colectomia. A ecografia também permite a avaliação da resposta à terapêutica na colite ulcerosa, com alterações observadas após duas semanas de tratamento e mantendo melhoria significativa após 12 semanas.
Mensagemchave: A ecografia intestinal é um método importante para avaliar a atividade de doença, complicações e monitorizar a resposta à terapêutica na doença inflamatória intestinal. Apesar de serem necessários mais estudos prospetivos, a ecografia intestinal pode levar a uma mudança de paradigma no manejo destes doentes, uma vez que pode ser utilizada no momento de prestação de cuidados, permitindo uma intervenção precoce quando necessário.
Keywords: Diagnosis; Disease activity; Intestinal ultrasound; Monitoring; Point-of-care; Therapy response.
Copyright © 2021 by Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia. Published by S. Karger AG, Basel.