Adverse effects in children exposed to maternal HIV and antiretroviral therapy during pregnancy in Brazil: a cohort study

Reprod Health. 2018 May 10;15(1):76. doi: 10.1186/s12978-018-0513-8.

Abstract

Background: Antiretroviral therapy (ART) in pregnancy was associated with a drastic reduction in HIV mother-to-child transmission (MTCT), although it was associated with neonatal adverse effects. The aim of this study was to evaluate the neonatal effects to maternal ART.

Methods: This study was a cohort of newborns from HIV pregnant women followed at the CAISM/UNICAMP Obstetric Clinic from 2000 to 2015. The following adverse effects were evaluated: anemia, thrombocytopenia, liver function tests abnormalities, preterm birth, low birth weight and congenital malformation. Data collected from patients' files was added to a specific database. Descriptive analysis was shown in terms of absolute (n) and relative (%) frequencies and mean, median and standard deviation calculations. The association between variables was tested through Chi-square or Fisher exact test (n < 5) and relative risk (RR) with its respective p values for the categorical ones and t-Student (parametric data) or Mann-Whitney (non-parametric data) for the quantitative ones. The significant level used was 0.05. A multivariate Cox Logistic Regression was done. Statistical analysis was performed using SAS version 9.4.

Results: Data from 787 newborns was analyzed. MTCT rate was 2.3%, with 0.8% in the last 5 years. Observed neonatal adverse effects were: liver function tests abnormalities (36%), anemia (25.7%), low birth weight (22.5%), preterm birth (21.7%), children small for gestational age (SGA) (18%), birth defects (10%) and thrombocytopenia (3.6%). In the multivariate analysis, peripartum CD4 higher than 200 cells/mm3 was protective for low birth weight and preterm birth, and C-section was associated with low birth weight, but not with preterm birth. Neonatal anemia was associated with preterm birth and exposure to maternal AZT. Liver function tests abnormalities were associated with detectable peripartum maternal viral load and exposure to nevirapine. No association was found between different ART regimens or timing of exposure with preterm birth, low birth weight or congenital malformation.

Conclusion: Highly active antiretroviral treatment in pregnant women and viral load control were the main factors associated with MTCT reduction. Antiretroviral use is associated with a high frequency but mainly low severity adverse effects in newborns.

Introdução: O uso da terapia antirretroviral (TARV) na gestação se associou a dramática redução da transmissão vertical (TV) do HIV, porém demonstrou poder estar relacionado a efeitos adversos neonatais. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos neonatais decorrentes da exposição à TARV materna.

Métodos: estudo observacional analítico de uma coorte de recém-nascidos de gestantes infectadas pelo HIV atendidos no Serviço de Obstetrícia do CAISM/UNICAMP entre 2000 e 2015. Foram avaliados os seguintes efeitos adversos: anemia, plaquetopenia, alteração hepática, prematuridade, baixo peso e malformação congênita. Os dados foram coletados dos prontuários dos pacientes e inseridos em banco específico. A análise descritiva foi realizada por meio de frequências simples (n) e relativas (%) e cálculos de média, desvio-padrão e mediana. As associações entre variáveis foram testadas por meio do Qui-quadrado ou Exato de Fisher (n < 5) e Razão de Risco com respectivo valor de p para as categóricas e por meio do t Student (dados paramétricos) ou Mann-Whitney (não-paramétricos) para as quantitativas. O nível de significância foi de 0,05. A análise multivariada foi realizada através da Regressão Logística de COX. No processamento e análise dos dados, foi utilizado o programa SAS 9.4.

Resultados: foram analisados dados de 787 recém-nascidos. A taxa de TV do HIV foi de 2,3%, sendo 0,8% nos últimos 5 anos. Os efeitos adversos observados foram alteração hepática (36%), anemia (25,7%), baixo peso (22,5%), prematuridade (21,7%), crianças pequenas para idade gestacional (PIG) (18%), malformações congênitas (10%) e plaquetopenia (3,6%). Em análise multivariada, o CD4 periparto maior que 200 células/mm3 foi protetor para baixo peso e prematuridade, e a cesárea esteve associada ao baixo peso ao nascimento, mas não ao parto prematuro. A anemia esteve associada ao parto prematuro e à exposição a zidovudina materna. A alteração hepática esteve associada à carga viral materna periparto detectável e à exposição a nevirapina. Não houve associação entre diferentes esquemas de TARV e tempo de exposição às drogas maternas com prematuridade, baixo peso e malformação congênita.

Conclusão: a TARV potente materna com consequente controle da carga viral é o maior fator responsável pela redução da TV do HIV. Ela está associada a frequência elevada de efeitos adversos no recém-nascido, porém a maioria de menor gravidade.

Keywords: Adverse effects; Antiretroviral therapy; HIV; Newborn; Pregnancy; Toxicity.

MeSH terms

  • Adolescent
  • Adult
  • Antiretroviral Therapy, Highly Active / adverse effects*
  • Brazil / epidemiology
  • Child
  • Cohort Studies
  • Female
  • HIV Infections / drug therapy
  • HIV Infections / transmission*
  • HIV Infections / virology
  • HIV-1 / drug effects
  • Humans
  • Infant, Low Birth Weight*
  • Infant, Newborn
  • Infectious Disease Transmission, Vertical*
  • Middle Aged
  • Pregnancy
  • Pregnancy Complications, Infectious / epidemiology*
  • Pregnancy Outcome
  • Premature Birth / epidemiology*
  • Prenatal Exposure Delayed Effects / epidemiology*
  • Young Adult