Purpose: To analyze the contributions of speech-language therapy in the integration of young individuals with Down syndrome (DS) into the workplace, with reference to their professionalization.
Methods: A questionnaire was distributed to eight undergraduate students (tutors) who participated in a project with individuals with DS, five mothers of individuals with DS, and five employees from the institution in which the present study was conducted. The questionnaire assessed the communication, memory, behavior, social interaction, autonomy and independence of the participants with DS, called "trainees". The trainees were employed in one of five routine work sectors at the university that conducted the present study. The data collected in this descriptive and cross-sectional study were analyzed quantitatively and qualitatively. The Research Ethics Committee of the affiliated institute approved the project.
Results: Mothers and tutors rated the trainees' language skills as "good". However, their ratings differed from those of the participating employees. After the trainees with DS were placed in a work environment, significant changes were observed in their communication and autonomy. There was no improvement in the trainees' independence, but after training noticeable changes were observed in their social behavior and autonomy.
Conclusion: Speech-language therapy during vocational training led to positive changes in the social behavior of individuals with DS, as evidenced by an increase in their autonomy and communication.
Objetivo: Analisar as contribuições da Fonoaudiologia no processo de inserção no ambiente laboral de jovens com síndrome de Down (SD), tendo em vista sua profissionalização.
Método: Foi aplicado um questionário em oito alunos de graduação, que fazem parte de um projeto de extensão com pessoas com síndrome de Down, cinco mães das pessoas com SD e quatro funcionários da instituição onde são realizados os estágios. As temáticas exploradas nas questões envolviam aspectos da comunicação, comportamento, interação social, autonomia e independência dos estagiários com síndrome de Down. Os jovens participantes do projeto com SD, denominados estagiários, passaram a fazer parte da rotina de trabalho de cinco setores da universidade em que se realizou a pesquisa. O estudo se caracteriza como descritivo e transversal e os dados foram analisados quanti e qualitativamente, e foi aprovada pelo comitê de ética em pesquisa da instituição de origem.
Resultados: Segundo os dados pesquisados as habilidades de linguagem das pessoas com SD foram consideradas boas, no entanto as mesmas não estavam efetivas para o mercado de trabalho. Após a inserção em um ambiente de trabalho, foi visto que houve mudanças significativas tanto na comunicação como na autonomia dos sujeitos do estudo. Os mesmos, não são independentes, mas após o estágio também foram perceptíveis mudanças no comportamento social, bem como na sua autonomia.
Conclusão: Houve mudanças no comportamento social, maior uso da autonomia e ganhos na comunicação, contribuindo no empoderamento dos jovens com síndrome de Down.